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domingo, 30 de maio de 2021

2008 - Suguio - Mudanças Ambientais da Terra

 


"Este livro versa sobre 25 temas ambientais ligados à Terra, publicados de dezembro de 2004 a dezembro de 2006, como artigos mensais em japonês no “Jornal São Paulo Shimbun” de São Paulo (Brasil). Esta série de artigos teve o objetivo de alertar a comunidade japonesa no Brasil, pelo menos aos conhecedores dessa língua, por assuntos quase sempre alheios à preocupação cotidiana da maioria das pessoas. Considerando a importância deste conhecimento a todos “moradores da Terra” com tantos problemas, que eventualmente poderão vitimar os seres vivos em um futuro próximo, resolvemos transformá-lo em um livro. Aproveitando a efeméride, do Centenário da Imigração Japonesa ao Brasil, a ser comemorada em 2008, submetemos a idéia de publicação deste livro à comissão competente. A Comissão de Projetos da Associação para Comemoração do Centenário da Imigração Japonesa no Brasil houve por bem aprovar o pedido em 24/06/2006, que foi registrado sob número C-135 na categoria “APOIO”, com possibilidade de uso do Selo do Centenário.

As preocupações mundiais com esses temas, nos dias atuais, agigantam-se rapidamente. As decisões do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (em inglês I.P.C.C.= Intergovernmental Panel of Climatic Change), por exemplo, são eivadas de dissensões e as suas implementações são bastante complicadas. É de se esperar que, antes que a progressiva deterioração dos ambientes terrestres torne impossível a sobrevivência dos seres vivos (seres humanos, animais e vegetais), sejam tomadas providências decisivas. Finalmente, é oportuno lembrar-se das palavras definitivas e sábias do padre francês Teilhard de Chardin que, na década de 1950 antes da sua morte, teria declarado o seguinte: “Para a Terra o ser humano é completamente dispensável, mas para o ser humano a Terra é insubstituível”.

Além disso, o autor gostaria de aqui deixar registrados os mais sinceros agradecimentos às seguintes entidades e pessoas:

a) Ao “Jornal São Paulo Shimbun” pela oportunidade de divulgar algumas de suas idéias em língua japonesa sobre as “Mudanças Ambientais da Terra”, bem como pelo encaminhamento para publicação do livro baseado nos artigos publicados.

b) À “Associação para Comemoração do Centenário da Imigração Japonesa no Brasil” pela aprovação da publicação deste livro, como atividade oficial desta entidade na cate-goria “apoio”, registrada sob n o.  C-135 com direito ao uso de logotipo da efeméride.

c) Ao Instituto Geológico e à Secretaria do Meio Ambiente do Governo do Estado de São Paulo que tornaram possível a publicação deste livro.

d) Ao Senhor Kaoru Ito, artista publicitário, pela arte final da capa.

e) À Dra. Alethéa Ernandes Martins Sallun do IG/SMA-SP e ao Sr. Masao Suzuki do Jornal São Paulo Shimbum (sucursal de Tóquio, Japão) pela assessoria editorial dos textos em português e japonês, respectivamente. 

f) ao Dr. Luís A. P. de Souza do IPT/SA, à Dra. Wânia Duleba da EACH/USP, ao Dr. William Sallun Filho do IG/SMA-SP e à mestranda Rosana S. Fernandes do CEPPE/UnG pelo fornecimento de fotografias ilustrativas do livro." (Kenitiro Suguio)


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sexta-feira, 16 de abril de 2021

1989 - Mielke - Pattern of life: biogeography of a changing world

 


"...This text has been arranged with the goal of developing a comprehensive understanding of the contemporary geographical patterns of life on the Earth. The topics of the chapters are vantage points - both close-up and distant, and over short and long time periods - which assist in explaining the processes involved in the arrangement of life on the Earth. Each major part of the text represents one of four major themes of biogeography and examines the problem of patterns of life from different conceptual perspectives. Each chapter reveals an ingredient of the overall processes which influence the Earth's pattern of life. Together the chapters present a tapestry of concepts which describe many aspects of the diversity and many details of processes and conditions for patterns of life. The combination of these concepts yields an ever broadening mosaic of patterns. Each place on the Earth is unique because of its particular combination of processes and conditions. At each place, the patterns of life are assembled for reasons peculiar to that place..." (Howard Walter Mielke)


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quarta-feira, 25 de novembro de 2020

2015 - Darwin - Observações geológicas em Ilhas Vulcânicas

 


Título original (traduzido por Leandro V. Thomaz): Observações geológicas em Ilhas Vulcânicas, visitadas durante a viagem do H.M.S. Beagle, junto com breves notícias da geologia da Austrália e Cabo da Boa Esperança.

O livro Observações geológicas em ilhas vulcânicas, de Charles Darwin, revela-nos o lado geológico desse naturalista, uma faceta pouco conhecida de uma das mentes mais geniais da nossa história.

Em 1831, quando iniciou sua viagem no Beagle, Darwin saiu em busca de evidências de um grande dilúvio bíblico. No entanto, durante essa viagem, as observações geológicas fizeram com que ele compreendesse a Terra de uma forma mais complexa, sujeita a grandes modificações em sua superfície. Essa compreensão, associada à leitura de Principles of Geology, de Charles Lyell, implicou na incorporação do tempo geológico em seus pensamentos. Um planeta com um longo histórico de transformações foi um quesito essencial para a construção da teoria da “origem das espécies”, com a qual ficou mundialmente conhecido.

A geologia teve um papel muito importante por despertar em Darwin, pela primeira vez, a vontade de escrever um livro. Isso ocorreu em Santiago, no arquipélago do Cabo Verde, após Darwin compreender a evolução geológica dessa ilha, em especial sobre o vulcanismo que ocorrera após a subsidência em torno das crateras.

Publicado originalmente em 1844, oito anos após o seu regresso a Londres, este livro está recheado de observações geológicas das ilhas visitadas. Contém descrições detalhadas sobre a geomorfologia das ilhas e de suas variedades litológicas, faciológicas e texturais. As argumentações sobre a origem dos magmas, os processos de diferenciação das lavas, ambientes de vulcanismo, distribuição das ilhas oceânicas, além dos processos de soerguimento em massa e subsidência das ilhas oceânicas, colocam Darwin em uma posição de destaque na ascendência da geologia e, com este livro, particularmente nas áreas da petrologia ígnea e vulcanologia. Muitas dessas observações e interpretações só foram compreendidas e incorporadas no meio científico após mais de um século.

Darwin esteve no, atualmente brasileiro, Arquipélago de São Pedro São Paulo (St. Paul´s Rock), onde percebeu que esse pequeno afloramento de rochas, no meio do Oceano Atlântico, fugia dos padrões conhecidos. Até então as ilhas conhecidas, francamente oceânicas, eram constituídas por rochas vulcânicas e carbonáticas associadas e eram interpretadas como formadas inicialmente por erupções vulcânicas. De forma oposta ao senso comum, Darwin concluiu que esse arquipélago não possuía natureza vulcânica e que sua classificação era desconhecida. Somente com o conhecimento atual sobre tectônica de placas é que finalmente compreendemos essas rochas e sua origem não vulcânica preconizada. Nesse arquipélago, algo completamente anômalo aflora: uma lasca da litosfera oceânica contendo rochas mantélicas soerguidas a mais de 4.000 metros acima do leito marinho, em uma zona transformante.

Nesse exemplo é ressaltada a capacidade de Darwin de observação e descrição desvinculada de teorias preconcebidas. Em vez de interpretar essas rochas como variedades vulcânicas desconhecidas, Darwin deu um grande valor ao fato de elas serem infusíveis sob seu maçarico, ou seja, altamente refratárias, incompatíveis portanto com as rochas vulcânicas.

O pensamento científico de Darwin baseava-se em uma sequência de observação, comparação, formulação de hipóteses e validação. Essa metodologia científica enraizada era utilizada em todas as áreas das ciências naturais. A sua base consistia em adquirir o máximo de observações detalhadas possível, para em seguida compará-las e criar uma hipótese. Em um parágrafo é possível notar esse sequenciamento:

“O fato de as ilhas oceânicas serem geralmente vulcânicas é, também, interessante em relação à natureza das cadeias de montanhas sobre nossos continentes, os quais em comparação são raramente vulcânicos; e ainda somos levados a supor que onde nossos continentes agora permanecem um oceano uma vez se estendeu. Nós poderíamos perguntar: as erupções vulcânicas alcançaram a superfície mais facilmente através de fissuras, formadas durante os primeiros estágios de conversão do leito marinho em um pedaço de terra?”.

Nesse parágrafo percebe-se que Darwin, em sua volta ao mundo a bordo do Beagle, absorveu informações suficientes sobre a natureza predominantemente vulcânica das ilhas em comparação à natureza das cadeias de montanhas. Fica evidente também que, mesmo anteriormente ao conhecimento sobre a tectônica de placas, Darwin já admitia que os continentes poderiam se localizar (ou se formar) onde anteriormente existia um oceano. E, dessa forma, percebemos a sua visão de um planeta sujeito a modificações contínuas em sua superfície.

Essas modificações na superfície ficaram também evidenciadas por meio dos diferentes níveis de erosão que se encontram nessas ilhas. Darwin visitou ilhas vulcânicas ativas, como no Arquipélago de Galápagos, e ilhas com um nível de erosão maior, como Fernando de Noronha. Nas ilhas com maior nível de erosão Darwin identificou rochas “injetadas”, as quais ele associava com a “elevação de terra em massa”. Ele interpretava que esse material fundido poderia atingir ou não a superfície. Por conta dessa facilidade de as erupções vulcânicas alcançarem mais facilmente a superfície através do leito marinho, Darwin acreditava que uma das causas para o soerguimento dos continentes estaria relacionada à injeção de rochas fundidas abaixo das cadeias de montanhas que não atingissem a superfície. Interessante também é que essas interpretações ocorreram em uma época em que a teoria vigente, defendida por Abraham Werner, concebia que os granitos eram formados pela precipitação em um “oceano primordial”.

A concepção geológica de que as ilhas vulcânicas são formadas isoladamente dos continentes possibilitou a Darwin defender que os processos migratórios e de seleção natural seriam os responsáveis pelo pequeno número de espécies que habitam essas ilhas, e sua alta proporção de espécies endêmicas [4], da qual Galápagos é o principal exemplo. A inexistência de acessos terrestres, inclusive no passado geológico, é apontada como uma das responsáveis pela ausência de classes inteiras de animais. A grande maioria dessas ilhas vulcânicas não possuía mamíferos terrestres e batráquios (rã, sapos e salamandras) por não sobreviverem à migração marítima, embora esses ambientes sejam propícios a tais animais, contrariando portanto a teoria de criação independente.

A geologia teve um papel importante para as teorias de Darwin e de forma equivalente ele teve grande valor na origem da geologia como ciência. É fascinante que tantas áreas das ciências naturais tenham uma origem tão em comum, como as espécies que descendem de um mesmo ancestral. (Leadro V. Thomaz).


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2016 - Darwin - Fenômenos vulcânicos e a formação de Cadeias de Montanhas

 


Título original (traduzido): Sobre a conexão de certos fenômenos vulcânicos na América do Sul; e sobre a formação de cadeias de montanhas e vulcões, bem como o efeito desta mesma força pelo qual os continentes são elevados - Tradução de Leandro V. Thomaz

"O objetivo do presente memoiré descrever o principal fenômeno geralmente acompanhado de terremotos na costa oeste da América do Sul. E mais especificamente àquele que atingiu a cidade de Concepción na manhã de 20 de fevereiro de 1835. Esse fenômeno evidência, de uma maneira espetacular, a intima conexão entre as forças vulcânicas e de soerguimento. E será tentador deduzir a partir desta conexão, certas inferências em relação à lenta formação das cadeias de montanhas."


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