"Nesta edição de Invertebrados, Wendy Moore e Stephen M. Shuster participaram como co-autores. Além disso, outros 22 colaboradores generosamente aceitaram revisar capítulos ou seções de capítulos, além de diversos revisores científicos terem realizado uma leitura crítica de vários capítulos do livro. Provavelmente não seria possível que a terceira edição de Invertebrados tivesse tantas profundidade e acurácia sem o auxílio desses ótimos profissionais e especialistas, aos quais somos profundamente gratos.
Houve uma explosão de informações desde a segunda edição deste livro, em especial nos campos da biologia molecular e da filogenética. Quando a segunda edição de Invertebrados estava sendo produzida, começava a se estruturar uma nova filogenia dos metazoários na literatura científica, ainda que, naquela época, fosse baseada quase completamente em árvores de genes ribossômicos e houvesse considerável discordância. Na década entre uma edição e a outra, essa nova filogenética foi aprimorada – embora muitos detalhes ainda necessitem ser mais bem-trabalhados. Como mudanças mais importantes, Protostomia e Deuterostomia foram redefinidos, e o antigo grupo Articulata (baseado em uma relação hipotética de que Annelida e Panarthropoda seriam grupos-irmãos) foi desarticulado, sendo os anelídeos atualmente agrupados em Spiralia, enquanto os artrópodes se encontram em Ecdysozoa. Os filos Echiura e Sipuncula foram subordinados a Annelida, e os filos diploblásticos basais, colocados próximo à base da árvore de Metazoa, o que pode continuar sendo feito após a impressão desta edição. Imaginamos que, na próxima edição de Invertebrados, as posições filogenéticas de todos os filos metazoários (ou pelos menos da maioria) terão sido estabelecidas – um grande objetivo, há muito buscado pelos zoologistas.
Assim como na segunda edição, os termos novos importantes aparecem em negrito ao ser definidos (e são listados no Índice Alfabético). Nomes específicos de genes, assim como os nomes das espécies, estão em itálico (embora os nomes das classes de genes, como Hox e ParaHox, não). Novamente incluímos os protistas neste livro, uma vez que professores que lecionam zoologia dos invertebrados em geral tratam do “reino Protista” e o requisitaram. Nossos conhecimentos sobre biologia e filogenia protista foram tão ampliados desde a segunda edição que as novas informações, ainda que rapidamente apresentadas, são substanciais.
Grande parte da arte do livro foi atualizada para esta edição. Entretanto, mantivemos ilustrações que serão úteis para os estudantes em laboratório, inclusive na dissecação de animais. Também continuamos a oferecer classificações e sinopses taxonômicas detalhadas de cada filo. Não esperamos que sejam lidas da mesma maneira que o será o restante do capítulo, mas que sejam utilizadas como referência na procura de termos taxonômicos, na compreensão de características que diferenciem os grupos ou para adquirir um sentido geral do escopo dos táxons mais superiores de um filo.
Dizer que este livro foi “feito com amor” seria pouco. Sem uma profunda paixão pelos invertebrados, da parte de todos os colaboradores, esta obra não teria sido possível. Esperamos que este livro suscite em seus leitores paixão e entusiasmo por aqueles 96% do reino Animal que foram tão bem-sucedidos em florescer sem colunas vertebrais." (Richard C. Brusca)
Apreciem sem moderação.
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